Defensores de Julian Assange, preso no Reino Unido, declararam guerra aos inimigos
Se os governos atingidos pelo vazamento de documentos pelo WikiLeaks acreditavam que a prisão do fundador do site, Julian Assange, serviria para intimidar sua rede de contatos ao redor do mundo, o que está sendo visto nos últimos dias mostra que, longe de pôr fim à crise, sua detenção no Reino Unido causou um incêndio cujas proporções ainda são imprevisíveis.
Um dia depois do ataque de hackers pró-WikiLeaks contra os sites de MasterCard e Visa, duas das mais populares redes sociais do planeta, o Facebook e o Twitter, decidiram excluir as contas dos usuários envolvidos nas ações. A decisão coloca as redes, que juntas têm quase 700 milhões de usuários, na lista de alvos dos hackers. Ontem, a Holanda também anunciou a prisão de um jovem de 16 anos que participou dos ataques eletrônicos.
Mesmo com a tentativa de sites e governos de estancar a ação dos hackers, os ativistas organizaram novas ofensivas. Ontem, a Amazon foi atacada e sobreviveu. A mesma sorte não teve o site de pagamentos PayPal. Os dois haviam rompido com o WikiLeaks após a última onda de vazamentos.
Além de atacar sites, os partidários de Assange estudam fazer um grande protesto hoje. A data é emblemática: marca o Dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos e a entrega do prêmio Nobel da Paz ao dissidente chinês Liu Xiaobo, preso por defender a democracia na China.
Ataque a Amazon fracassa Hackers pró-WikiLeaks prometeram atacar o site da loja on-lineAmazon, mas o portal resistiu aos ataques. O grupo dos ciberativistas Anonymous anunciou pelo Twitter que atacaria a loja às 16h. O ataque seria uma retaliação ao site, que deixou de hospedar o WikiLeaks, por publicar arquivos confidenciais.
Próximas ações Depois que contas foram excluídas no Twitter e no Facebook, alguns hackers passaram a ameaçá-los. "Twitter, você é o próximo por censurar a discussão #WikiLeaks. A grande chuva de m. começou." O Twitter nega censura e diz que a polêmica está ligada aos Trending Topics.
Os sites atacados A Operation PayBack (Operação Vingança) do grupo Anonymous, que reúne cerca de 1,5 mil ativistas, já atacou os sites das companhias de cartão de crédito MasterCard e Visa, a empresa de pagamentos on-line PayPal, os bancos suíços PostFinance e Swiss Post (que cancelaram doações ao WikiLeaks), o site oficial da Suécia e da ex-candidata a vice-presidente dos EUA Sarah Palin.
Destak Jornal
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