Renato Zanetti foi o responsável dentro do III ENCONTRO COM A TRADIÇÃO, organizado por Departamentos Culturais do CTG Raul Silveira com o apoio da 21ª Região Tradicionalista para explicar o jogo Tetarfe que ressurge com toda a força no cenário gaúcho, simples e prático caiu no gosto das crianças presentes na Rural em Canguçu neste sábado (26), você conhece este jogo? Confira algumas dicas
o jogo conhecido pela sigla “TETARFE” é resultado da junção de 4 (quatro) modalidades esportivas, TEJO, TAVA, ARGOLA e FERRADURA. Talvez por este motivo não tenhamos encontrado o histórico do jogo. Ficaremos, portanto, devendo a história das modalidades Argolas e Ferradura.
É fato, entretanto, que o TETARFE foi aprovado como esporte tradicionalista na 54ª Convenção Tradicionalista realizada em Iraí-RS em julho de 2001.
Após buscas realizadas e com base nas informações encontradas confeccionamos um breve histórico sobre o jogo do Tejo e procuramos transmitir conhecimentos com relação às modalidades que integram o jogo de TETARFE.
É um jogo de origem Espanhola, dos mais antigos que se praticou no Estado do Rio Grande do Sul, temos notícias de sua prática por volta do ano de 1768, na cidade de Rio Grande. Tanto que agora, durante a restauração de um dos prédios mais antigos da cidade, foi encontrado restos de peças usadas para a prática desse jogo: por exemplo, as fichas de cerâmica que se usava para a realização do jogo do Tejo. Além do litoral Sul e parte da fronteira, fomos encontrar notícias desse jogo, também, nas Missões.
Cancha: a cancha para realização do jogo do Tejo, é constituída de 2 (dois) círculos, o menor com raio de 25 cm , e no centro deste, é escavado um buraco, de raio aproximado de 4 cm e profundidade de mais ou menos 4 cm , na borda posterior do buraco, é cravada uma adaga ou algo semelhante com lâmina de 3 a 4 cm de largura e não menor de 20 cm de altura. O círculo maior, com raio de 50 cm , terá a sua borda anterior distante 4 metros da raia, onde se posicionará o jogador para os lançamentos.
Como se joga:
a) Cada jogador executará dez lançamentos de fichas, que poderão ser de metal ou cerâmica, com raio de 2 cm e espessura de 4 mm se de cerâmica ou 2 mm se de metal. O lançamento será executado com o jogador posicionado atrás da raia de 4 metros .
b) Da pontuação:
- Ao jogador que lançar a ficha e esta ao tocar a lâmina da adaga vir a cair no buraco, se somarão 5 (cinco) pontos.
- Ao jogador que lançar a ficha e esta, apesar de não tocar a lâmina da adaga, vir a cair no buraco, se somarão 4 (quatro) pontos.
- Ao jogador que lançar a ficha e esta não tocar na adaga e não cair no buraco, no entanto parar dentro do limite do círculo menor, se somará 3 (três) pontos.
- Ao jogador que lançar a ficha e esta não tocar na adaga e não cair no buraco, no entanto parar dentro do limite do círculo maior, se somará 2 (dois) pontos.
- Ao jogador que lançar a ficha e esta ficar fora dos limites do círculo maior, se somará 1 (um) ponto negativo.
- A contagem dos pontos se dará após o lançamento de todas as fichas, somando-se os pontos positivos e subtraindo-se os negativos.
HISTÓRICO DA TAVA
O jogo de Tava, o mais praticado individualmente dentre as modalidades do TETARFE, tem seu regulamento e histórico específico. O acesso a matéria encontra-se na página inicial da Invernada Esportiva. Cabe ressaltar que quanto ao número de arremessos por atletas, de acordo com o regulamento específico do TETARFE, cada jogador terá direito a 04 (quatro) tiros de Tava.
Consiste em lançar 3 (três) argolas de tamanhos diferentes em uma barra de ferro, que se encontra cravada no solo a uma distância de 5 metros , com a finalidade de circundá-la.
Da cancha: é fixo uma “barra de ferro redonda de 1/2” ao solo deixando saliente, exatos, 15 cm. E a uma distante de 5 metros é demarcada a raia de lançamento.
Das argolas: são confeccionadas “em ferro de 3/8” com diâmetros diferenciados de 8, 12 e 16 cm .
Da jogada: o jogador lançará as três argolas, uma de cada vez, com a finalidade de que, ao final do movimento, a argola circunde a barra de ferro.
Da pontuação: a argola de 8 cm que ao ser lançada encerrar seu movimento circundando a barra de ferro, valerá 5 (cinco) pontos; a argola de 12 cm que ao ser lançada encerrar seu movimento circundando a barra de ferro, valerá 3 (três) pontos; e a argola de 16 cm que ao ser lançada encerrar seu movimento circundando a barra de ferro, valerá 1 (um) ponto.
Consiste em lançar 3 (três) ferraduras em uma barra de ferro, que se encontra cravada no solo a uma distância de 5 metros , com a finalidade de circundar, com a área interna da ferradura, a referida barra.
Da cancha: é fixo uma “barra de ferro redonda de 1/2” ao solo deixando saliente, exatos, 20 cm. E a uma distante de 5 metros é demarcada a raia de lançamento.
Das ferraduras: são ferraduras comuns, as mesmas que se utiliza para ferrar eqüinos.
Da jogada: o jogador lançará as três ferraduras, uma de cada vez, com a finalidade de que, ao final do movimento, a “área interna” da ferradura circunde a barra de ferro.
Da pontuação:
a. Ao jogador que arremessar a ferradura e esta chocar-se a barra de ferro vindo a prender-se a mesma antes de tocar o solo, cessando seu movimento de maneira que sua “área interna” esteja circundando a referida barra, se somará 5 (cinco) pontos.
b. Ao jogador que arremessar a ferradura e esta tocar o solo antes de chocar-se a barra de ferro, cessando seu movimento de maneira que sua “área interna” esteja circundando a referida barra, se somará 2 (dois) pontos.
c. Ao jogador que arremessar a ferradura e esta, apesar de chocar-se a barra de ferro, ao cessar seu movimento a sua “área interna” não ficar circundando a referida barra, não se somará nenhum ponto.
Obs: entenda-se como “área interna”, a área interna da elipse que é formada pelo desenho da ferradura.
Crianças participaram da oficina de esportes Tradicionalistas:
Fotos: Ricardo Moura / Canguçu Sports
Com Informações : http://www.ctgjcb.com.br/
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