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Dia da Cultura, por Luiz Antonio Assis Brasil

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Comemora-se hoje o Dia da Cultura Brasileira, homenagem a Ruy Barbosa, nascido em 5 de novembro de 1849. É momento de celebração e também de prestar contas, ainda que sumariamente, do que a Secretaria de Estado da Cultura já realizou em 2011. O trabalho tem um facilitador, um norte: as metas do programa do governo Tarso Genro para a área.
Antes de tudo, é importante dizer que a Sedac funciona como uma equipe que trabalha com democracia interna, e busca, em todas as decisões, discuti-las com a comunidade cultural. Isso não nos paralisa; antes, nos estimula e fortalece. Não custa sublinhar que a Sedac é uma instituição enorme, com três fundações, 13 instituições, dois sistemas, nove museus e cinco bibliotecas, o que bem representa a complexidade de seu trabalho.
Nestes dez meses, foi possível estabelecer ampla conversação com todas as expressões culturais, sejam aquelas mais tradicionais - e tradicionalistas, em sentido estrito - sejam as de ponta, geradas pela cultura urbana internacional. Isso não é fácil, por certo, mormente num Estado em que ambas as expressões são muito fortes e geradoras de históricas demandas.
Trabalhou-se em planejamento e em ações efetivas, via transversalidade, com vários agentes públicos e privados. Quanto ao primeiro aspecto, foram implantados dez Colegiados Setoriais e realizados oito Diálogos Culturais, abrangendo 300 municípios, com vistas à elaboração do Plano Estadual de Cultura. O PEC está em vias de transformação em documento e, posteriormente, em lei.
É possível alinhar também os convênios com o Ministério da Cultura, especialmente com o Programa Mais Cultura-RS, restabelecendo-se um diálogo que se encontrava rompido há anos; tais convênios prevêem ações em parceria, sempre com contrapartida do Estado. Essas atuações referem-se a modernizações de bibliotecas, a criação de pontos de cultura, a instrumentalização de agentes de leitura, a qualificação das ações na área do patrimônio, dentre muitas.
No que se refere à área do livro e da leitura, o Instituto Estadual do Livro fez reviver o Projeto Autor Presente e o Plano de Edições; recuperou-se a Revista :VOX e instituiu-se uma das maiores premiações nacionais, o Prêmio Moacyr Scliar, sempre com parcerias com a Corag e outras instituições. Via edital, a Sedac está em fase de seleção para modernizar 50 bibliotecas públicas em cidades de até dez mil habitantes; nas artes plásticas, reavivamos o Instituto de Artes Visuais e demos passos efetivos para a transferência do Museu de Arte Contemporânea para uma sede própria; criamos também o Prêmio Ieavi de Artes Visuais.
A Casa de Cultura Mario Quintana, além de desenvolver uma programação diuturna e intensíssima, já está no começo de sua restauração integral, com apoio do Banrisul. A Sala Sinfônica da OSPA, enfim, sairá do papel, correspondendo a uma aspiração de décadas da comunidade gaúcha. Quanto ao cinema, selecionamos dez longas-metragens para o apoio, com verbas públicas, de sua breve conclusão.
Isso é pouco e é muito, de acordo com o enfoque; mas o certo é que nada disso seria possível sem o apoio em peso da comunidade cultural, que não falha quando convocada; cabe, ainda e por justiça, referir o suporte dos meios de comunicação, difusores privilegiados das ações e programações que não são nossas, não são do governo, mas de toda população do Rio Grande.
Luiz Antonio de Assis Brasil
Secretário de Estado da Cultura

O uso das fotos produzidas pelo Blog Em Questão é livre. De acordo com a legislação em vigor, é obrigatório registrar o crédito. Divulgação / Em Questão
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