Pepsi e Coca-Cola lutam para ver quem chega primeiro
As duas gigantes dos refrigerantes, sucos e água mineral correm para ver quem chega primeiro à produção de garrafas feitas inteiramente de plástico baseado em plantas.
Mas apesar de anúncios de avanços tecnológicos, os consumidores não devem esperar isso para logo. Nenhuma das duas empresas confia o bastante na tecnologia para dizer quando, ou mesmo se poderão satisfazer esta ambição ambiental. A Coca-Cola fez um anúncio na quinta-feira passada, dizendo que pretende trabalhar com três fornecedores que estão desenvolvendo tecnologia para fazer plástico de plantas, com os produtos chegando aos consumidores talvez dentro de alguns anos. A Pepsi pretende passar na frente e afirmou, no mesmo dia, que estava prestes a testar no próximo ano uma produção de 200 mil garrafas.
Mas até que a Pepsi conduza os testes, seus executivos disseram que não podem prever quando poderá começar uma produção em grande escala. Se os testes provarem que as tecnologias que escolheu não tiverem um custo competitivo em escala comercial, serão necessárias mais experiências, segundo Denise H. Lefebvre, vice-presidente global de embalagens.
“Os testes são muito importantes para realmente determinar a eficiência de custos e os processos de fabricação”, disse Lefebvre. De acordo com ela, a empresa ainda trabalha com detalhes dos testes, incluindo que produtos vender e que tipo de plantas serão usadas.
A Coca-Cola de alguma maneira saiu na frente, quando começou a vender em 2009 sua água mineral Desani nos Estados Unidos, em garrafas que têm em sua composição 30% de plástico feito com plantas. (Em alguns casos, o plástico reciclado pode diminuir este percentual.) Na quinta-feira, a empresa divulgou que até 2020 todas as suas garrafas estariam neste patamar. Mas se mostrou cautelosa ao prever quando começaria a vender bebidas em garrafas totalmente de bioplástico. “Vamos estabelecer uma meta assim que tivermos a tecnologia comercialmente disponível”, disse Scott Vitters, gerente-geral do projeto.
Uma das parceiras da Coca-Cola, a Virent, empresa de biocombustíveis que tem entre seus sócios Cargill, Shell e Honda, disse esperar ter uma fábrica para produzir garrafas de bioplástico em grande escala em 2015. As outras empresas trabalhando com ela são Gevo e Avantium
Lefebvre disse que a Pepsi estava em um caminho semelhante, fazendo parceria com diversas empresas. Mas não quis identificá-las.
As garrafas de bebidas são feitas de um plástico conhecido como PET, que comumente têm dois componentes principais. Um deles, chamado MEG, que responde por cerca de 30% do peso da embalagem, é o que a Coca-Cola está produzindo com plantas, usando cana de açucar do Brasil.
O outro componente, PTA, responde pelo resto do peso. Cientistas produziram a substância em laboratório, mas em escala industrial as coisas são mais complicadas. Vitters disse que a capacidade de produção de MEG deve crescer drasticamente. O material hoje é produzido apenas em uma fábrica, mas duas outras devem começar a oferecê-lo no ano que vem, informa o New York Times.
Allen Hershkowitz, cientista do Conselho Nacional de Recursos Nacionais, disse que os processos de produção envolvidos geram menores quantidade de gases estufa quando comparados com plásticos feito de petróleo, mas a fonte da matéria-prima é importante para avaliar o impacto ambiental.
Hershkowitz afirmou que é melhor usar resíduos como de milho e outros materiais. Segundo ele, plantar para produzir plástico “causa muito conversão de terras, afeta os preços dos alimentos e aumenta o uso de fertilizantes.”
Link de Origem: http://planetasustentavel.abril.com.br
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Foto: elycefeliz / Creative Commons
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