A epilepsia é uma condição neurológica
crônica, não é uma doença específica, é causada por uma alteração na atividade
elétrica do cérebro. Caracteriza-se pela ocorrência de crises epiléticas, ou
seja, as chamadas convulsões.
Historicamente
o epilético é tratado com preconceito, afetando suas relações sociais. Levando
em conta o impacto socioeconômico gerado pela epilepsia ela é considerada um
problema de saúde pública, e constantemente deve-se trabalhar em prol da
melhoria da qualidade de vida dos pacientes.
Entende-se
por qualidade de vida ”a integração de várias dimensões humanas que garantem o
potencial de cada um para viver, trabalhar e contribuir de forma mais significativa
para a sociedade”. E a atividade física é considerada fundamental nesse
aspecto.
ADAMS et al
(1985), defendem que no ambiente escolar, a Educação Física especializada deve
abranger exercícios terapêuticos, rítmicos, jogos e esportes adaptados às limitações
e interesses dos participantes. E que não há nenhuma prova de que a fadiga
resultante de esportes ou atividades físicas infantis normais tenha um efeito
adverso no curso da epilepsia.
Grande
parte dos pacientes estaria apto à realização da prática de atividades físicas.
Desde que sejam tomadas as medidas de segurança necessárias a cada prática
esportiva. Como por exemplo, em uma aula de natação, nenhuma criança deve ser
deixada sem a supervisão do professor, seja ela epilética ou não.
Se as crises
estiverem controladas, a realização de atividades físicas só tem a contribuir
para a redução dos estigmas e para o aumento da autoestima.
Porém, como
em todas as questões que envolvem saúde, consulte seu médico antes.
Texto: Prof.ª Fabiane Beletti da Silva
Coordenadora da Campanha Epilepsia sem Preconceito
Contato: fabiclmd@gmail.com
Referências:
Fernandes,
Paula Teixeira. Estigma na Epilepsia. Campinas,
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2005, 196 pg.
Kanashiro,
Ana Lúcia Andrade. Epilepsia: prevalência,
características epidemiológicas e lacuna de tratamento farmacológico. Campinas,
Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, 2006, 104 pg.
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