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Comitiva busca informações sobre produção de fumo

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Foto: Augusto Pinz

Atuar com responsabilidade socioambiental junto à sua cadeia de valor. Com a mensagem estampada nos folders da empresa “Souza Cruz” é possível ter uma idéia das ações que são o foco das empresas fumageiras atualmente. Para o Assessor de Relações Institucionais do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Sérgio Rauber, o fortalecimento do setor passa por pilares que são a saúde e a segurança do produtor, questões ambientais e qualificação para os agricultores. “Hoje precisamos é manter o jovem agricultor na terra. O êxodo rural está muito grande”, comenta.


Estas informações foram repassadas a comitiva de Canguçuenses que esteve em Santa Cruz do Sul na tarde desta terça-feira (07), composta pelo Presidente da Câmara, Gilberto Degar (PMDB), o Coordenador da Presidência da Câmara, Neviton Nornberg, o Coordenador da Bancada do PMDB, Ildo Blodorn, Diretor de Comunicação da Câmara de Vereadores, Augusto Pinz, e o Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Pedro Adão Schiavon. Pela manhã eles foram recebidos na Souza Cruz, onde conheceram detalhes da produção de tabaco da empresa - em Canguçu -através do responsável pelo Território do Sul, Naiber de David, que juntamente com o Gerente de Sustentabilidade, Claudimir Rodrigues, mostraram ações desenvolvidas pela Souza Cruz como a produção do tabaco respeitando o meio ambiente, projetos junto às comunidades como entrega de notebooks com inclusão digital e a realização de cursos de qualificação para os agricultores. O projeto da empresa é que o produtor se torne um empreendedor rural. Em breve a cadeia produtiva de fumo deverá ter seu produto certificado pelo Ministério da Agricultura, o que exigirá ainda maior qualidade e rastreabilidade do tabaco.


A Souza Cruz também está desenvolvendo um projeto piloto em Canguçu com a produção em conjunto de fumo e milho. “Atualmente são 50 famílias no município. Não é o milho após a colheita, é junto ao fumo como alternativa de diversificação” comenta Naiber. A Empresa hoje conta com 08 orientadores em Canguçu e 1712 produtores com uma produtividade de 2.321 quilos por hectare. O município ocupa o 1º lugar no ranking de volume de produção no país. Após as palestras o grupo conheceu as instalações da fábrica.

Foto: Augusto Pinz

SINDITABACO
No SindiTabaco um dos pontos apontados pelo Assessor de Relações Institucionais, Sérgio Rauber, foi a questão da qualificação. Para ele o êxodo rural deve estar na pauta dos legisladores para o debate nos municípios. “Precisamos de escolas no meio rural e que o aluno desenvolva na sua propriedade o que aprendeu para ficar no campo”, disse, revelando que as fumageiras e o SindiTabaco firmaram convênio com uma faculdade do Paraná para dar treinamento aos orientadores de fumo na busca de um atendimento melhor para o produtor.

Rauber também lembrou que um dos pontos controversos apontados pela mídia contra a produção de tabaco é a questão dos agrotóxicos. “Tomate tem mais agrotóxico que o fumo. Maçã tem mais que o fumo. O Tabaco leva pouco agrotóxico e se passa a idéia errada”, disse. Ele comentou também que o SindiTabaco e a Afubra tem realizado seminários orientando produtores para utilização EPI (Equipamento de Proteção Individual). “Desenvolvemos uma capa bem fina para que o produtor não sinta tanto calor. Falta só conscientização”, revelou.


Foto: Augusto Pinz

Para Sérgio a cultura do tabaco irá se manter ainda por muitos anos se os produtores rurais respeitarem o manejo correto do solo buscando sustentabilidade e eliminando o trabalho infantil e o desmatamento. As empresas, segundo ele, estão firmando convênios para respeitar estes pontos, como por exemplo, com o IBAMA. Produtores que cortam mata nativa e são autuados pelo IBAMA tem seus contratos rompidos com as fumageiras.

UNIVERSAL

O último encontro do dia foi na sede da Universal Leaf Tabacos onde o grupo foi recebido pelo diretor de produção César Augusto Bünecker. A Universal tem 612 produtores em Canguçu e um trabalho que tem o reconhecimento da empresa. Para César um dos grandes problemas da cultura é o trabalho de atravessadores, os famosos picaretas. “Eles tiram a receita do município, já que tiram notas para outras cidades deixando de recolher impostos para Canguçu, enquanto as empresas deixam seus impostos lá”, disse. Bünecker também lembrou que as indústrias e os sindicatos chegaram ao acordo para o reajuste dos pagamentos pela safra.

“Apesar das variações do mercado internacional o fumo ainda é uma das melhores opções de rentabilidade para as pequenas propriedades”, falou. Para ele o agricultor que busca sempre o melhor para produção sempre terá espaço para bons ganhos, lembrando que para a Universal existe uma diferença entre o “plantador de fumo e o produtor de fumo”. “O Primeiro só vai lá planta e tem uma produtividade pequena. Esse, realmente, vai enfrentar dificuldades, dívidas. Já o produtor, aquele que estuda, melhora propriedade, consegue viver bem, ter bons lucros e é o nosso perfil”, comentou.

Para o Presidente da Câmara, vereador Gilberto Degar (PMDB) o encontro foi posivito. Agora a Câmara espera resposta aos pedidos protocolados com dados da produção no município. Degar colocou o Legislativo a disposição no contato entre as empresas e os produtores para que haja um crescimento ainda maior na área agrícola no município. "Também estamos buscando alternativas de diversificação para que tenhamos produção junto com o tabaco. Hoje a gente vê pessoas vendendo itens no interior que o próprio agricultor deveria plantar e não comprar de fora", comentou. Degar também foi produtor de tabaco da empresa Universal durante alguns anos.

Com as ações desenvolvidas por indústrias e sindicatos junto aos agricultores é possível ver que a produção de fumo não é a grande vilã apresentada muitas vezes por ai. Conhecendo o setor e as atividades sociais, o acompanhamento na produção com orientação e todo o processo produtivo, fica fácil ver que quem produz quer apenas o direito de ter o seu ganha pão garantido. É preciso pensar não em acabar com a fumicultura e sim o que produzir além do fumo na mesma propriedade.

Divulgação Câmara de Vereadores: Augusto Pinz
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