A chuva que caiu nos últimos dias não foi suficiente para abastecer os
açudes e os reservatórios nas propriedades rurais da Região Sul do Rio Grande do Sul. Dos 27 municípios, 14 decretaram situação de emergência devido à estiagem, que já dura mais de sete meses no estado.
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Os produtores esperavam que pelo menos nos últimos três meses chovesse cerca de 70% da média para a época na região, que é de 100 milímetros por mês. A esperança, no entanto, se transformou em prejuízo.
Na propriedade do agricultor Elmute Vellar, no Distrito de Passo do
Santana, em Cerrito, a produção de leite baixou de 350 litros por dia
para 250. Sem pastagem, as vacas produzem menos leite e os gastos com
ração aumentam. "Gastava 30 sacos de ração, agora gasto 60, a serragem a
mesma coisa", disse.
Em Coxilha dos Cavalheiros, no interior de Canguçu,
o avicultor Hermíndo Schellin vendeu o último lote com 5,6 mil galinhas
que tinha no aviário. Mas, por enquanto, vai ter de parar com a
criação, já que o açude secou e ele não tem mais água para dar às aves.
Em alguns municípios, como Herval, Piratini e Arroio Grande, as casas
são abastecidas com caminhões-pipa. "Acumula roupa suja... Tomamos banho
de canequinha e, quando sobra água, guardamos", comentou a aposentada
Audelina Torres.
De acordo com a Defesa Civil do estado, está prevista a distribuição de
filtros, caixas d'água e cerca de 3 mil cestas básicas para os locais
mais atingidos. Desde que se iniciou o período de estiagem, o governo já
encaminhou ajuda humanitária para aproximadamente 380 municípios.
A partir deste sábado (16), caminhões com tanques flexíveis farão o
transporte de água potável para 16 localidades do estado, conforme a
Defesa Civil.
Via : G1
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