Dois dias após o primeiro turno da eleição, o candidato do PSDB, à Presidência José Serra, se reuniu com aliados que saíram vitoriosos das eleições e com as principais lideranças de sua coligação para discutir a estratégia da campanha até o dia 31 de outubro, quando será realizado o segundo turno entre ele e a candidata do PT, Dilma Rousseff.
Serra pregou o otimismo e disse querer ampliar seu arco de apoio, recebendo “políticos de bem" que queiram estar com ele no segundo turno. Reforçou que irá, se eleito, formar “um governo de maioria” em torno de “propostas e projetos”.
“Não há desenvolvimento nacional sem que juntamente se desenvolvam todas as regiões do Brasil. A nossa política também vai estar baseada nisso. É uma política de soma, não de divisão entre os brasileiros e brasileiras”, disse.
Na tarde e noite desta terça, o tucano reuniu, no comitê de campanha em São Paulo, o grupo catarinense formado pela chamada “tríplice aliança” – PSDB, DEM e PMDB –, que obteve vitória expressiva em Santa Catarina: o governador eleito Raimundo Colombo (DEM), o ex-governador Luiz Henrique da Silveira (PMDB), eleito senador, e Paulo Bauer (PMDB), também eleito senador pelo estado.
Segundo Silveira, a "tríplice aliança" elegeu 25 dos 40 deputados estaduais e 10 deputados federais, entre as 16 vagas existentes.
Geraldo Alckmin (PSDB), que venceu as eleições no maior colégio eleitoral do país para o governo de São Paulo, também participava da reunião ao lado do vice-governador eleito, Guilherme Afif Domingos (DEM). Antes, ele acompanhou Serra no primeiro evento da campanha neste segundo turno: a visita a uma obra do governo estadual em São Paulo.
O tucano Aloysio Nunes, ex-secretário de Serra e senador eleito por São Paulo com o maior número de votos, também estava presente na reunião, que contava ainda com o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), e outras lideranças do DEM, como Jorge e Paulo Bornhausen.
O grupo vai se reunir num encontro ampliado nesta quarta (6) em Brasília para fazer análises do primeiro turno e traçar a estratégia para o segundo. Serra disse estar otimista e, sem citar nomes, afirmou é fácil perceber quando alguém está pessimista e finge otimismo.
“O que vejo é muito otimismo em toda parte. Esse é um dado de realidade. Tenho experiência em política. Eu sei quando um político está pessimista e está fingindo ser otimista. A gente percebe na hora. O Jorge Bornhausen que é mais antigo do que eu sabe disso. A gente saca na hora. Agora eu tenho visto os políticos autenticamente otimistas”, afirmou.
Durante a campanha do primeiro turno, institutos de pesquisas chegaram a apontar uma possível vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno. Nas últimas semanas, no entanto, ela passou a oscilar e, no domingo, obteve 46,9% dos votos válidos.
Marina e apoios
O governador eleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira (5) que ligou para a senadora Marina Silva (PV) terceira colocada na disputa presidencial, com cerca de 20 milhões de votos, para tratar de apoio da senadora no segundo turno.
“Claro que nós queremos o apoio [de Marina e do PV], mas não queremos criar nenhum constrangimento.” A senadora já foi procurada por Serra e por Dilma. Ele disse que parabenizou Marina pela “belíssima votação” e pela “contribuição ao processo político, discutindo temas de relevância”.
Alckmin afirmou que é preciso intensificar as ações de campanha neste segundo turno e disse que já começou as articulações políticas.O governador eleito declarou ter ligado nesta terça-feira para lideranças do Piauí, Pará, Acre, Santa Catarina, Sergipe, Mato Grosso e Maranhão.
G1
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