A proibição dos caça-níqueis, por se enquadrar nos tipos de jogos de azar - que não dependem da habilidade do jogador - traz impasse para a polícia, que tem obrigação de coibir a ação, mas não tem amparo estrutural e pouca eficácia legal.
Recebemos uma imagem enviada por e-mail que registra no interior do município de Canguçu, mais exatamente no 2º distrito, o livre uso desta prática ilegal de jogo, mais que a ilegalidade as máquinas são uma verdadeira praga social, famílias abaladas pelo vício do jogo, pessoas destruídas financeira e psicologicamente e verdadeiras fortunas gastas.
Não é segredo que diversas localidade do interior do município ainda mantém essa prática, vários são os estabelecimentos comerciais onde podemos observas as máquinas funcionando, maletas e outras adaptadas de forma a possibilitar o rápido desmonte para ser escondidas.
CUSTO
Montada com peças de computador e noteiro em caixas de madeira compensada, cada caça-níquel custa acima de R$ 1.000, mas, dependendo dos componentes e do acabamento, podem valer muito mais. Antes, quadrilhas especializadas exploravam este tipo de jogo alocando os equipamentos em pequenos comércios. Segundo Informações, muitos comerciantes já estão montando suas próprias máquinas e lucrando sozinhos com elas."
Os apostadores são, na maioria, agricultores que agem na clandestinidade. "Eles optam pelos jogos de azar por falta de outro entretenimento e perdem dinheiro que pode fazer falta para, por exemplo, comprar remédios", até mesmo destinados a compra de equipamentos para trabalhar.
Impunidade leva à reincidência
Quando condenados pela Justiça, os envolvidos com jogos de azar geralmente são obrigados a simplesmente prestar serviços comunitários ou pagar cestas básicas destinadas a entidades carentes. O fato de não haver prisão para os contraventores é o principal motivo apontado pela polícia para a reincidência. "A partir do momento em que o porte ilegal de arma passou a ser crime, inafiançável e com prisão, houve redução de incidência. O mesmo poderia acontecer com a criminalização dos jogos de azar".
O criminalista Antonio Gonçalves diz que, "a cultura do brasileiro está associada aos jogos de azar, como as loterias do governo, por exemplo." Para Gonçalves, "a criminalização seria reprovada pela sociedade. Seria mais fácil descriminalizar."
SOLUÇÃO
Uma saída encontrada pela polícia depende da ação das Prefeituras na ação da cassação do alvará de funcionamento do estabelecimento flagrado com caça-níqueis. "O local com certeza não tem licença para a prática de jogo de azar e, por isso, pode ser lacrado".
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