O Catador de resíduos sólidos Sr. Arlei Cleo de Oliveira trabalha com reciclagem a quase dez anos, são 12 horas diárias de um trabalho de muito sacrifício, morador do Bairro Vila Isabel em Canguçu ele não sabe precisar quantas viagens diárias faz entre os locais de coletas nas ruas de Canguçu e a sua residência e deposito de resíduos, o sobe e desce pela Rua Exército Nacional é constante, Arlei calcula mais de 1500 de resíduos por mês.
Aos 48 anos de idade o catador e ecologista sabe da importância do seu trabalho, ajudamos a preservar o meio ambiente, com um lugar mais limpo temos mais saúde e assim menos gastos para o poder público municipal e sem contar que muitos dos materiais jogados fora podem ser concertados, aqui recebemos bicicletas, televisores, computadores e muito mais, depois de concertados os objetos são revendidos, sendo assim mais uma fonte de renda pra família.
Quem quiser facilitar a vida do seu Arlei pode se dirigir até a Rua Getulio Vargas 987 e levar o seu lixo já reciclado
As atividades da catação de resíduos sólidos no Brasil são relativamente recentes e vêm acentuando-se nos últimos anos, por meio do incentivo à reciclagem, em decorrência do esgotamento dos recursos naturais não renováveis e da degradação ambiental. Os resíduos sólidos surgem como uma das mais sérias ameaças ao meio ambiente e conseqüentemente aos organismos que nele vivem.
A produção excessiva de resíduos surge como conseqüência de uma sociedade voltada para o consumo e o desperdício de recursos, que gera um rejeito material e funciona como estratégia de sobrevivência dos indivíduos denominados catadores de lixo (BURSZTYN, 2000). Na verdade trata-se de uma alternativa de trabalho para os indivíduos que estão excluídos do mercado de trabalho. A catação de resíduos é uma atividade econômica que integra aspectos importantes como geração de renda, proteção dos recursos naturais, educação ambiental e inclusão social, mesmo que perversa.
O preconceito da sociedade em relação ao lixo, com a exposição da pobreza, coloca os catadores em uma situação de estigmatizados, sujeitos socialmente marginalizados, tratados como vagabundos e preguiçosos, criando uma situação em que a importância do trabalho que eles realizam não é valorizada. Muitos deles vivem e sobrevivem dos lixões, conseqüentemente melhorando o meio ambiente e aumentando a vida útil dos aterros.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 63% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos sólidos em “lixões”, depósitos de lixo a céu aberto; 18,3%, em aterro controlado; e somente 13,7% informam que utilizam aterros sanitários; os outros 5% nada informaram. Esta questão está dentro de um dos principais problemas enfrentados pelo poder público municipal e que afeta diretamente a saúde pública e compromete o meio ambiente.
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