Brasília – Um programa para conscientizar os trabalhadores rurais sobre a postura correta no trabalho e o uso dos equipamentos de segurança, como botas e luvas, foi lançado hoje (10) pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O secretário executivo do Senar, Daniel Carrara, disse que trabalhadores rurais de sete estados já receberam as orientações por meio de um projeto piloto. “Fizemos materiais didáticos voltados para aplicação das questões de postura nas atividades do campo. Divulgamos isso para o produtor rural. Além disso, instrutores foram até as propriedades e deram todas as orientações educativas”, disse.
Agora, o programa será estendido aos demais estados e as orientações serão direcionadas para dez atividades mais demandadas no campo como a colheita, o plantio, o carregamento de carga entre outras.
De acordo com a presidenta da CNA, senadora Katia Abreu, a confederação está desenvolvendo todos os anos programas para melhorar a vida dos trabalhadores do campo. “Estamos implementado a cada ano um programa novo para trazer bem estar aos nossos trabalhadores”.
Durante o evento, ela comentou ainda sobre a conclusão de um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos que trata de trabalho escravo. Katia Abreu destacou alguns pontos do relatório, como a necessidade de o Brasil ter uma legislação mais clara sobre o que caracteriza o trabalho escravo.
Segundo a presidente da CNA, o documento diz que a lei brasileira sobre trabalho escravo é inadequada para criminalizar essa prática. “Jornada exaustiva e trabalho degradante [duas das ações que caracterizam o trabalho escravo] não tem definição na lei. Não estamos pedindo a exclusão desses pontos, mas precisamos que a lei pontue e escreva o que significa degradante e exaustivo”, afirmou.
Via: Agência Brasil
Foto: Ricardo Moura
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