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Copergs discute qualidade de energia no meio rural

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O Comitê de Planejamento Energético do Estado do Rio Grande do Sul (Copergs) realizou na tarde de segunda-feira (5/9), no auditório do Centro Administrativo Fernando Ferrari, a primeira reunião do grupo para discutir o setor energético do Estado. Na pauta, a discussão de soluções para a regularização do nível de tensão de energia no meio rural e o apoio do Comitê a inclusão das térmicas a carvão no leilão do governo federal, que se realizará em dezembro. 

O secretário de Infraestrutura e Logística do RS, Beto Albuquerque, que preside o Copergs, salientou que esta primeira reunião teve como principal objetivo discutir os caminhos para que se possa aumentar o nível de tensão e melhorar a distribuição de energia campo. "Recebi uma boa notícia da Eletrobrás, que disponibilizará financiamentos para projetos específicos que atendam diretamente o pequeno produtor rural. Precisamos agora que as empresas concessionárias de energia apresentem os projetos para que possamos investir e atender esta demanda", comemorou Beto. 

As empresas concessionárias CEEE, RGE, AES Sul e Fecoergs apresentaram os planos de investimentos e afirmaram a necessidade de haver um programa em parceria com os governos estadual e federal para que se qualifique a mão de obra, sendo que há, segundo o setor, mais de 1 mil vagas específicas para a área energética. "Vamos agendar uma reunião com a secretaria do Trabalho de do Desenvolvimento Social do RS, para construir uma forma de viabilizar cursos em parceria com o governo federal, e formar profissionais que atendam este mercado, gerando empregos para o Estado", disse o secretário Beto. 

Com preocupação, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, destacou o crescimento da agricultura familiar e os diferentes projetos do governo do Estado, que irão demandar maior potência energética, para proporcionar o crescimento do pequeno produtor. "Anunciamos o Plano Safra em julho, com projeção de R$ 15 bilhões, destes, R$ 4 bilhões são exclusivos da agricultura familiar, que precisa de energia de qualidade para não estagnar seus negócios", alertou Pavan, ao ressaltar que o futuro de todos os programas depende da eficiência energética. 

Um subcomitê se reunirá para identificar as áreas de maior gravidade e dar prioridade de investimentos. O secretário Ivar lembrou que existem estudos realizados pelas concessionárias, por determinação da Aneel, que identificam as áreas com maiores problemas de insuficiência energética. "Mantido o nível de tensão nos 220 volts, resolveremos hoje, cerca de 80% do problema", confiou Pavan. 

O Comitê ainda determinou que se faça uma reunião com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) com o objetivo de discutir as resoluções impostas pelo governo federal, que regram as obrigações dos concessionários e consumidores. 

Apoio ao carvão mineral 

Ao final da reunião, o Copergs aprovou, por unanimidade, a proposta do secretário Beto de elaborar um manifesto assinado por todas as entidades que integram o Comitê de apoio a inclusão das térmicas a carvão no leilão A-5 do governo federal, que se realizará em dezembro. O secretário salientou que a geração de 1,8% da energia a carvão no Brasil não condiz com o rico mineral encontrado no sul do Brasil, principalmente no Rio Grande do Sul. "O Maranhão e o Rio de Janeiro podem geram energia a partir do carvão colombiano, então nós também podemos explorar nosso rico minério, que tem pelo menos quatro projetos habilitados ambientalmente, prontos para serem colocados em execução, gerando emprego e desenvolvimento para o Estado", destacou Albuquerque, ao dizer que o setor só está pedindo para participar do leilão. 

Assinam o manifesto as seguintes entidades: Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEINFRA), Secretaria Geral de Governo (SGG), Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (SDPI), Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDRPC), Secretaria da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (SCIDT), Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Federação das Associações Comerciais e de Serviço do Rio Grande do Sul (FEDERASUL), Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (FECOMÉRCIO), Força Sindical do Rio Grande do Sul (FORÇA SINDICAL), Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (FETAG), Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (FETRAF - SUL), Conselho Regional de Desenvolvimento - Federação COREDES, Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos (AGERGS), PETROBRÁS - Refinaria Alberto Pasqualini - REFAP S. A., Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE-PAR), Companhia Estadual de Geração e Transmissão de Energia Elétrica (CEEE - GT), Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D), Rio Grande Energia (RGE), AES SUL, ELETROSUL - Centrais Elétricas S. A., Companhia Riograndense de Mineração (CRM), Federação das Cooperativas do Estado do Rio Grande do Sul (FECOERGS), Companhia de Gás do Estado do Rio Grande do Sul (SULGÁS), Usina Hidroelétrica Nova Palma Ltda. (UHENPAL), Departamento Municipal de Energia de Ijuí (DEMEI), Centrais Elétricas de Carazinho S. A. (ELETROCAR) e Hidroelétrica Panambi S. A. (HIDROPAN). 

Também integraram a mesa o presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do RS (Agergs), Edmundo Fernandes da Silva, o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Junico Antunes, e o representante da Assembleia Legislativa, deputado estadual Heitor Schuch.
 Informações: Tafael Medeiros

O uso das fotos produzidas pelo Blog Em Questão é livre. De acordo com a legislação em vigor, é obrigatório registrar o crédito. Ricardo Moura / Em Questão
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