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Rio+20 - Reciclar para quê?

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CNO Rio+20
Prática pode gerar R$ 8 bilhões/ano para a economia brasileira
A produtora de eventos Renata Lara é daquelas pessoas que procuram viver em sintonia com o meio ambiente. Sem dramas ou incômodos, adotou hábitos em sua rotina, possíveis para qualquer pessoa. Ela consome o mínimo de produtos industrializados, separa o lixo orgânico do reciclável, reaproveita embalagens e mantém um minhocário em casa. Cuidados mínimos, mas necessários quando o assunto é o futuro do planeta.
Felizmente, Renata não está sozinha nessa mudança de comportamento. Nos últimos 16 anos, o número de municípios brasileiros que adotam coleta seletiva cresceu aproximadamente 540%, passando de 81 em 1994 a 443 em 2010, de acordo com pesquisa realizada pela associação Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre). Essa é uma realidade que tende a melhorar ainda mais nos próximos anos com a nova Política Nacional de Resíduos Sólidos. Aprovada em agosto de 2010, a Lei obriga os municípios a terem mais coleta seletiva, menos lixões e decreta o fim destes até 2014.
No entanto, independentemente de legislação, as providências tomadas pelos municípios fazem parte de um novo conceito: o gerenciamento integrado do lixo, que envolve diferentes soluções, como a reciclagem e a disposição dos rejeitos em aterros, desde que respeitando critérios ambientais.
Bom para o meio ambiente e melhor ainda para a economia. De acordo com projeção do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), uma vez explorado todo o potencial de reciclagem do Brasil, haverá um ganho em torno de R$ 8 bilhões por ano.
Mais do que uma questão financeira, é um assunto diretamente relacionado ao futuro da vida no planeta. A reciclagem colabora com a preservação de recursos naturais, proporciona o uso racional de energia e diminui a emissão de gases de efeito estufa. Cada um fazendo a sua parte, é menos lixo para os municípios processarem e mais saúde para todos.
Na prática, é o que Renata Lara faz com o minhocário, instalação doméstica usada para processar naturalmente alimentos orgânicos e transformá-los em adubo para hortas e jardins. "As cascas de frutas e legumes, por exemplo, não jogo fora, coloco no minhocário, elas se transformam em humus que uso para adubar as plantas, que ficam lindas", explica. A técnica chama-se compostagem e pode ser feita por qualquer pessoa em um espaço mínimo.
A matéria orgânica representa cerca de 50% do lixo coletado diariamente e 30% é composto de material reciclável (alumínio, plásticos, papel, aço, metais e vidro).
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