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Orgulho Gaúcho

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O orgulho de ser gaúcho é inerente a nossa compreensão. O que sabemos é que somos gaúchos, e isso nos basta. Nascer neste estado é ter de conviver com um fato por toda vida, a valentia que temos no sangue como herança farroupilha.

Discurso sobre isso com vocês porque dia 1° de maio deste ano eu estive em um festival de bandas em Porto Alegre, e a abertura do evento deu-se com Neto Fagundes (um dos ícones do regionalismo gaúcho) cantando Hino Riograndense. E só quem é gaúcho pode descrever a emoção de ouvir um coro de vinte mil vozes cantando com tanta euforia nosso hino, cultuando uma vez mais o pendão gaúcho sob intensos aplausos ao final.

Emociono-me a cada vez que ouço o hino este estado que tanto me orgulho de ser filho. Outro fato marcante foi que, após a brilhante execução do hino por parte de Neto e Paulinho Fagundes, a multidão gritava "ah, eu sô gaúcho", num coro de vozes de estremecer o pavilhão do evento.

Quiçá seja a característica mais marcante no gaúcho essa devoção e orgulho por esta terra no extremo sul brasileiro. Orgulho este nascido talvez na Revolução Farroupilha, onde lutamos bravamente contra um império que desprezava o desenvolvimento da nossa província. Mas não entremos em méritos históricos, até mesmo porque a verdade na história sempre tem o seu lado perverso, pois ela é feita por seres humanos, e assim é qualquer pessoa.

A afirmação que faço agora não deve ser tomada como afronta ou desrespeito a qualquer outro estado, mas no Brasil não há povo com mais orgulho da sua história do que o gaúcho. Vou utilizar o futebol - esporte preferido do brasileiro - como exemplo, não se vê nos estádios do país torcidas cantando o hino de seus respectivos estados, ou ainda qualquer brado que ecoe o orgulho que sentem por sua terra, estas demonstrações de civismo por parte da torcida que representa o povo somente ocorrem no Rio Grande do Sul.

Mais uma vez peço aos leitores que não se sintam ofendidos com minhas afirmações, pois elas são passionais, e como qualquer afirmação com esteio na paixão ela é carregada de muita emoção e pouca racionalização.

HINO RIO-GRANDENSE

Letra: Francisco Pinto da Fontoura

Música: Joaquim José de Mendanha



Como a aurora precursora

do Farol da divindade,

foi o vinte de setembro

o precursor da liberdade.



(Estribilho)

Mostremos valor constância

nesta ímpia e injusta guerra;

sirvam nossas façanhas

de modelo a toda a terra.



Mas não basta p’ra ser livre

ser forte, aguerrido e bravo;

povo que não tem virtude

acaba por ser escravo.



Fonte:cienanosdesolead
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