Janis Joplin foi a maior cantora branca de blues da história e ponto final. As interpretações viscerais, as declarações provocativas e seu estilo de vida polêmico a transformaram num dos principais pilares musicais da geração hippie do fim da década de 60. Apesar de sua importância no cenário do rock e de todo o talento dessa texana, que foi encontrada morta ‘solita’ num quarto de hotel na madrugada de 4 de outubro de 1970, por incrível que pareça, muita gente ainda torce o nariz quando ouve sua voz rascante. Tem um texto do jornalista Pedro Só publicado em 2005, na extinta revista Bizz, que define parte desses preconceitos e maldades:
“Existe coisa pior que morrer aos 27 anos, numa overdose acidental, depois de terminar um trabalho excelente? Sim. Ser a associada a bichos-grilos deslocados de geração, ser vomitada por rádios que fazem do rock música retrógrada para ogros ignóbeis… Virar símbolo das mulheres-que-não-tomam-banho-e-têm-o-sovaco-cabeludo, ser vulgarizada como a baranga hiipie que o Serguei carcou”. Pré-definições como essas, ainda acabam ofuscando uma excelente cantora que merece ser ouvida, reverenciada ou descoberta sem preconceitos.
No Jornal da Globo da última sexta, Nelson Motta prestou sua homenagem a cantora. Clique aqui
E Talvez você não saiba, 8 meses antes de morrer, Janis esteve no Brasil (Fevereiro de 1970), na tentativa de se livrar do vício da heroína. Durante a sua estada, fez topless em Copacabana, bebeu muita capirinha, cantou em um bordel, foi expulsa do Hotel Copacabana Palace por nadar nua na piscina e quase foi presa, pelas suas atitudes na praia, consideradas “fora do normal”. E além disso, teria tido o malfadado affair com a bichôna do Serguei.
Janis e sua inseparável garrafinha de Southern Confort. Foto: Jim Marshall (Divulgação Columbia)
Entre as possíveis novidades anunciadas sobre Janis, parece que deve estar pintando um filme, dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles (Cidade de Deus ) que contaria com a atriz Zooey Deschanel como protagonista. Será? Leia aqui.
Saiba também sobre uma nova biografia lançada no Blog do Rock and Blues, com Cagê!
Mas o que fica da baixinha é o seu som. Segue nossa homenagem.
Ball and Chain. Um blues esquecido da negôna Big Mama Thorton que deixou milhares de queixos caídos no Monterey Pop Festival (1967). (Lançada no LP Cheap Thrills (1968)
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