No
período de 18 a 24 de março a Secretaria Municipal de Saúde em
consonância com as orientações do Ministério da Saúde estará intensificando as
ações de monitoramento, assistência e controle à Tuberculose.
Esta mobilização é alusiva ao "Dia Mundial de
Luta contra a TUBERCULOSE" (24 de março), ficando a cargo da equipe de
Vigilância epidemiologica intensificar a busca ativa de sintomáticos
respiratórios e introduzir a discussão sobre esta temática em grupos de
orientação pré existentes e nas ações das Equipes de Estratégia de Saúde da
Família ao longo do mês.
A data não é de
comemoração, mas sim de compromisso e reafirmação política quando o seu efetivo
controle.
A população
poderá buscar orientações sobre a doença nas unidades de saúde, ESF's, CAPS's e
demais serviços.
![](http://www.cangucu.rs.gov.br/images/stories/manchete1_260312.jpg)
TUBERCULOSE
O que
é?
Doença
infecto-contagiosa causada por uma bactéria que afeta principalmente os pulmões,
mas, também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges
(membranas que envolvem o cérebro).
Qual a
causa?
Mycobacterium
tuberculosis ou Bacilo de Koch (BK). Outras espécies de micobactérias também
podem causar a tuberculose. São elas: Mycobacterium bovis, africanum e
microti.
Quais os
sintomas?
Alguns pacientes
não exibem nenhum indício da doença, outros apresentam sintomas aparentemente
simples que são ignorados durante alguns anos (meses). Contudo, na maioria dos
infectados, os sinais e sintomas mais freqüentemente descritos são tosse seca
contínua no início, depois com presença de secreção por mais de quatro semanas,
transformando-se, na maioria das vezes, em uma tosse com pus ou sangue; cansaço
excessivo; febre baixa geralmente à tarde; sudorese noturna; falta de apetite;
palidez; emagrecimento acentuado; rouquidão; fraqueza; e prostração. Os casos
graves apresentam dificuldade na respiração; eliminação de grande quantidade de
sangue, colapso do pulmão e acumulo de pus na pleura (membrana que reveste o
pulmão) - se houver comprometimento dessa membrana, pode ocorrer dor
torácica.
Como se
transmite?
A transmissão é
direta, de pessoa a pessoa. O doente expele, ao falar, espirrar ou tossir,
pequenas gotas de saliva que contêm o agente infeccioso e podem ser aspiradas
por outro indivíduo contaminando-o. Somente 5% a 10% dos infectados pelo Bacilo
de Koch adquirem a doença. Pessoas vivendo com HIV/Aids, diabetes, insuficiência
renal crônica (IRA), desnutridas, idosos doentes, usuários de álcool e outras
drogas/tabagistas são mais propensos a contrair a tuberculose.
Como
tratar?
O tratamento
deve ser feito por um período mínimo de seis meses, sem interrupção,
diariamente. São utilizados quatro fármacos para o tratamento dos casos que
utilizam o esquema básico: rifampicina (R), isoniazida (H), pirazinamida (Z) e
etambutol (E). Quase todos os pacientes que seguem o tratamento corretamente são
curados.
Como se
prevenir?
Para prevenir a
doença é necessário imunizar as crianças de até 4 anos, obrigatoriamente as
menores de 1 ano, com a vacina BCG. Crianças soropositivas ou recém-nascidas que
apresentam sinais ou sintomas de Aids não devem receber a vacina. A prevenção
inclui evitar aglomerações, especialmente em ambientes fechados, mal ventilados
e sem iluminação solar. A tuberculose não se transmite por fômites e pelo uso de
objetos compartilhados. Cuidado para não agravar os estigmas.
Histórico da doença
Segundo algumas evidências, a tuberculose existe
desde os tempos pré-históricos. Foram encontrados esqueletos de múmias do antigo
Egito (3000 a.C.) e, mais recentemente, uma múmia pré-colombiana no Peru com
sinais da doença. Várias tentativas de tratamento foram feitas, desde a ingestão
de preparados exóticos até a utilização de sangrias e a indução de vômitos.
Alguns pacientes eram proibidos até mesmo de falar ou rir e ficavam deitados sem
poder se movimentar. O mais comum deles se tornou a mudança de clima: os
pacientes se deslocavam para regiões litorâneas ou montanhosas para se tratar e
aqueles que não tinham forças para a viagem passavam a dormir com travesseiros
de folhas de pinheiro ou colocar algas marinhas debaixo da cama.
No final do
Século 19, pacientes abastados recebiam cuidados em sanatórios que eram como
pousadas nas montanhas. Ao longo do tempo, esses lugares passaram a ser usados
para isolamento dos doentes, tornando-se centros de tratamento para pessoas de
qualquer classe social. A maior dificuldade encontrada pelos médicos era firmar
o diagnóstico da doença antes que ela provocasse a falha dos pulmões e dos
ossos. Esse diagnóstico só foi possível a partir de 1824, após a invenção do
estetoscópio. Em 1882, o famoso bacteriologista alemão Robert Koch identificou o
agente causador da enfermidade, a bactéria Mycobacterium tuberculosis, também
chamada de Bacilo de Koch em homenagem ao seu descobridor. A invenção do raio X,
no final do Século 19, permitiu a produção (visualização) das imagens das partes
internas do corpo, facilitando o diagnóstico da tuberculose.
Em 1908, os
cientistas Albert Calmette e Camille Guérin conseguiram isolar uma cepa do
bacilo da tuberculose para produzir culturas vivas atenuadas a serem usadas como
vacina. A cepa recebeu o nome de Bacilo Calmette-Guérin, de onde surgiu o nome
"BCG". Foi aplicada pela primeira vez em crianças em 1921. Somente em 1944 foi
inventado o primeiro antibiótico, a estreptomicina, produzida a partir da
garganta de uma galinha. Entretanto, sem o apoio ao tratamento e o contato entre
doentes, surgiram bactérias resistentes ao medicamento. Para contornar o
problema, desenvolveu-se um coquetel com quatro antibióticos.
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