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Afonso Motta - Inovação na Indústria

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INOVAÇÃO NA INDÚSTRIA

O recente Plano do Governo Federal, com o objetivo de elevar o índice de inovação tecnológica, competitividade e produtividade da indústria nacional, importa em 33 bilhões de reais. Esta política de Estado alcançou prioritariamente as áreas da agropecuária, energia, petróleo e gás, saúde, tecnologia da informação e comunicação, clima e biodiversidade, que receberão a aplicação dos recursos com juros mais baixos que os de mercado.
 
Esse esforço denominado “Inova Empresa” tem por finalidade qualificar a política industrial brasileira. Porém, muitos são os empecilhos a serem superados para que o resultado seja efetivo. É sabido que as questões burocráticas para desenvolver qualquer empreendimento são imensas tanto na precariedade da infraestrutura e logística, quanto na excessiva carga tributária nacional. São, portanto, de duas ordens as ações complementares para o sucesso do processo inovatório. De um lado, um conjunto de marcos regulatórios que simplifiquem os registros e os impostos e, de outro, um volume expressivo de investimentos públicos e privados que possam suprir as demandas de um vigoroso desenvolvimento industrial.
 
Além disto, é fundamental que o país invista na formação e na aquisição de conhecimento, através do amparo à pesquisa e programas públicos e privados de formação e sustentabilidade de recursos humanos. Para os resultados acontecerem nesta dimensão, com a consolidação de uma política pública industrial, é necessário um choque cultural inovador, que alcance a totalidade da cadeia produtiva dos setores abrangidos pelo Plano. Desde o recrutamento de colaboradores, ao esforço de desenvolver produtos e sistemas comerciais que garantam reconhecimento pelo mercado. Com estas providências, as empresas serão mais competitivas com resultados econômicos e sociais que garantam empregos e crescimento.
 
É fácil imaginar o funcionamento de lojas virtuais, sistema de pagamento via internet, compras expressas, classificados eletrônicos, apenas para exemplificar. São iniciativas que podem se intensificar e agregar substancial valor aos negócios pelo seu diferencial inovador. Ademais, este conjunto de soluções também poderá objetivamente proporcionar a qualificação da gestão pública, reformulando processos, vencendo a burocracia e oferecendo uma nova dinâmica na relação com a população. Portanto, estamos diante de mais um plano estratégico patrocinado pelo Governo Federal, com destinação expressiva de recursos.
 
Mas todos sabemos que na implementação será fundamental uma cultura revolucionária de inovação, com educação e participação das diferentes cadeias produtivas e da sociedade. Idéias inovadoras dependem de atitudes.
 
Para transformar as boas idéias em projetos é necessário organização e recursos. Traduzir essa capacidade coletiva em patrimônio competitivo diferencial ao país é tarefa de todos a partir da política pública de Estado que estamos agora tendo a oportunidade de acolher e fazer acontecer. Aqui no Rio Grande do Sul, com a Lei de Inovação desde 2009 e o Modelo de Desenvolvimento Industrial do Estado, estamos na vanguarda e o resultado tem sido efetivo com investimentos nunca antes realizados.
 
Afonso Motta
Advogado, produtor rural e
Secretário de Estado
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