O futuro governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), chegou ao comitê central do partido, na Rua Barros Cassal, na região central, por volta das 20h10min. Em seguida, iniciou o pronunciamento agraciando os colegas de partido e da coligação Unidade Popular pelo Rio Grande. Agradeceu à população pela confiança e disse não ter rancor de seus adversários:
— Tenho convicção de que o Rio Grande do Sul não vai se arrepender de ter nos confiado essa tarefa. Quero agradecer a todos que nos ouviram, mesmo o que nos rejeitaram. Quero cumprimentar os meus adversários eleitorais, que disputaram democraticamente conosco a preferência do eleitorado. Não guardo nenhum rancor. Mesmo que, às vezes, tenhamos sido atacados de maneira que me pareceu inconveniente. Isso faz parte do processo democrático.
Tarso declarou que vai convidar todas as siglas a integrarem o governo, mas disse saber que nem todos aceitarão:
— Achamos que o PDT tem mais a ver conosco do que com outros partidos. Quero ouvir o que os partidos pensam. Eu não creio que o PMDB esteja disposto a dialogar conosco. Vou conversar com eles, vou acatar sugestões se forem compatíveis, mas não entendo que eles, os Democratas ou PSDB sejam passíveis de um acolhimento mínimo.
Confira os principais trechos da entrevista coletiva:
Primeiro turno
Sobre o ineditismo de ter se eleito no primeiro turno, Tarso afirmou que essa possibilidade começou a ser cogitada por ele e pelo partido há 30 dias. O futuro governador disse que sentia nas ruas que o padrão político do Estado estava mudando.
— Acho que é uma eleição histórica e me sinto, em parte, responsável. Mas, não é um indivíduo que ganha uma eleição. É uma síntese de forças. Eu represento um projeto. Essa confiança que o povo depositou na unidade nos compromete ainda mais. Vamos fazer o possível e o impossível para corresponder às expectativas _ detalhou.
Dilma Rousseff
Ele se colocou à disposição da coordenação da campanha da candidata à Presidência Dilma Rousseff para fazer com que seja eleita em um possível segundo turno.
Papel dos partidos no seu governo
— Não há nenhuma negociação com relação à cabeça de chapa. Fazemos questão é de que a cabeça de chapa seja do nosso campo. Temos responsabilidade com essa coalizão. Ela foi chamada, não a partir de uma relação de conveniência, mas para formar um novo bloco político no Rio Grande.
Natural de São Borja, o advogado Tarso Genro também foi prefeito da Capital por duas gestões (1993-1996 e 2001-2002), e torce pelo Internacional. Confira o perfil completo e veja os resultados da apuração.
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