Piquete da Integração Joaquim Inouê teve largada no domingo e chega nesta terça em Itaguaí
FRANCISCO LEÃO
Para comemorar os 25 anos de tradição gaúcha, teve início neste
domingo (1°) em Mangaratiba, a 4ª Cavalgada Piquete da Integração
Joaquim Inouê. O percurso de 60 quilômetros passou pelo Centro de
Atendimento Integral à Criança e ao Adolescente (CAICA), fazenda
Vanilda, na Serra do Piloto, seguindo pela fazenda Santarém, Clube do
Cavalo com a chegada para esta terça-feira (3), às 15h, na Câmara de
Vereadores e na sede da Prefeitura de Itaguaí. A iniciativa de
intercâmbio cultural entre o município fluminense e a cidade gaúcha de
Canguçu se fortalece a cada ano.
Em entrevista ao ATUAL, um dos pioneiros do grupo, o gaúcho Adão
Silva, disse que o piquete foi criado em homenagem ao antigo dono do
Sítio Jonosake, Joaquim Inouê, que faleceu há cinco anos. Na
oportunidade, Adão falou da relação de amizade que foram mantidas com a
família Inouê. “Tudo começou quando viemos fazer uma apresentação numa
faculdade no Rio de Janeiro e, por conseguinte, fomos nos hospedar no
Sítio Jonosake. Daí nosso grupo se apaixonou pela receptividade do seu
Joaquim e da Dona Norma e foi quando teve início um bonito ciclo de
amizades”, lembra. “A nossa amizade é uma coisa que até falta méritos
para analisar. Quando vivos o seu Joaquim e a dona Norma tão bem nos
receberam. Hoje, fazemos o possível no Rio Grande do Sul para retribuir a
altura os nossos amigos de Itaguaí, mas dentro das nossas modéstias”,
completa.
O também gaúcho Jaques Oliveira, que integra o grupo desde o início,
descreveu a importância de manter viva a tradição e a troca de
experiências. “O intercâmbio já existe há 25 anos. Nós vamos comemorar
esse marco que começou em 1987 com essa cavalgada. Esperamos que a
nossas futuras gerações que estão vindo, deem continuidade a esse bonito
intercâmbio, não só de afinidades, de amizades que é muito forte, mas
também pelo social e cultural. Desejamos que dure para sempre e por
isso, alguém precisa dá continuidade e fechar a porteira como diz o
gaúcho”, destacou Oliveira.
Na ocasião, Jaques também ressaltou a entrada de novos componentes ao
grupo, bem como, recordou quem já faz parte dele há anos como é caso do
diretor presidente do Jornal ATUAL, Marcelo Godinho, definindo “que
sempre esteve presente e ajudou a cultivar essa bonita, prazerosa e
sincera amizade”, diz.
“O culto as tradições na minha família sempre foi muito importante.
Eu não consigo viver sem está presente nela. Para nós é o ar que a gente
respira. Então quando nós sabemos que alguém fora do estado aprecia
essas coisas, nós ficamos muitos felizes. É uma satisfação e nos
sentimos até honrados. Esse intercâmbio surgiu de uma brincadeira numa
cavalgada no Sul e o seu Joaquim abraçou essa ideia”, relata Talai
Djalma Selistre, participante ativo das cavalgadas, que inclusive, já
esteve na Argentina, Paraguai e Uruguai.
A importância de manter a tradição
Akira Taguti, um dos proprietários do Sítio Jonosake, define que a
amizade, o respeito e o aprendizado são um dos principais itens para
manter a chama acesa. “O ponto mais importante para a gente mantermos
isso tudo é para que possamos valorizar trazer sempre à tona os valores
básicos da vida”, diz.
Para ele, os 25 anos que unem o Sítio Jonosake e a cidade de Itaguaí
com o povo gaúcho, significa: “o fato dessa relação de integração não
ter amarras, que não sejam o carinho pela história e de um pelo outro”,
acrescenta. “A cada tijolo que a gente bota ao longo desses anos, temos
uma construção belíssima, cheia de história, boas lembranças. Eu acho
que isso nos faz olhar para trás e nos dá força para continuar
seguindo”, diz.
Quanto à cultura gaúcha, o Sítio Jonosake criou um grupo de dança
folclórica, na qual é ensaiado por profissionais da tradição gaúcha.
“Temos também esse piquete que está no quarto ano. Isso é uma troca, uma
simbiose que nos fortalece”, finaliza Akira.
Link de Origem: http://jornalatual.com.br/
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