A colheita do milho evoluiu de forma satisfatória durante o último período,
atingindo 35% do total semeado no Rio Grande do Sul. Conforme as últimas
informações divulgadas pela Emater/RS-Ascar, a cultura encontra-se, atualmente,
com 25% das lavouras maduras e por colher, 25% em enchimento de grãos, 10% em
floração e 5% em germinação e desenvolvimento vegetativo.
Segundo o gerente técnico da Emater/RS-Ascar, Dulphe Pinheiro Machado Neto,
tendo em vista a atual fase da cultura e os rendimentos obtidos até o momento,
as perspectivas de produção são muito boas. "Mais da metade da safra já
está garantida e a produtividade média situa-se dentro das expectativas
iniciais, ficando ao redor dos 4,8 mil kg/hectare, com algumas lavouras
chegando a até 8 mil kg/hectare", explica o gerente técnico.
A expectativa de uma boa safra de milho, conforme Machado, aumenta o otimismo
dos criadores, especialmente dos produtores de leite, suinocultores e
avicultores que dependem basicamente do grão para a alimentação dos animais. Em
relação aos preços, houve um aumento de 0,71% na cotação média da saca de 60 kg
de milho em âmbito estadual, que ficou cotada em R$ 28,18.
Soja
As lavouras de soja, mesmo com as baixas precipitações ocorridas nas principais
regiões produtoras até o momento, ainda apresentam boas condições. Apenas em
áreas localizadas no norte e noroeste do Estado é que a preocupação é maior.
Nessas regiões, a falta de chuvas está comprometendo o desenvolvimento da
cultura, causando abortamento de flores e queda de vagens.
Nos solos mais rasos e pedregosos, está ocorrendo a morte de plantas de soja,
com perdas irreversíveis. Segundo os técnicos da Emater/RS-Ascar, o ataque de
lagartas, trípes, ácaros e percevejos são intensos, com os agricultores fazendo
aplicações de inseticidas e acaricidas, associadas à aplicação de fungicidas
para o controle da ferrugem asiática. Em muitos locais, há dificuldade para uma
aplicação eficiente, devido à baixa umidade do ar.
Feijão
A colheita do feijão da 1ª safra se encaminha para o final no Rio Grande do
Sul, alcançando 87% da área semeada no Estado, tendo ainda 10% maduros e
prontos para serem colhidos. Os rendimentos têm se mantido dentro das
expectativas, proporcionando uma boa safra para o produtor. Os preços também se
mantêm em alta, com a saca de 60 kg variando positivamente (0,72%) durante a
semana, alcançando R$ 118,17, valor médio recebido pelos produtores.
Pastagens
As condições climáticas ocorridas no último período têm favorecido o
desenvolvimento das pastagens cultivadas anuais e perenes de verão, assim como,
a brotação das forrageiras nativas. A boa oferta de forrageiras, tanto em
volume quanto em qualidade nutricional, tranquiliza os pecuaristas gaúchos, pois,
além da alimentação dos rebanhos, existe um excedente que está sendo processado
e armazenado nas propriedades rurais na forma de feno ou silagem para alimentar
os animais no período da entressafra.
Texto: Júlio Fiori
Edição: Redação Secom
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