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Mais milho em Canguçu

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Orientação dos técnicos da Emater e da Cosulati fez com que produtividade nas lavouras aumentasse
Crédito: carlos queiroz / especial / cp       
O município de Canguçu, no Sul do Estado, está envolvido em um projeto de elevação e melhoria da qualidade da sua produção de milho. Liderado pela Emater e pela Cooperativa Sul-Rio Grandense de Laticínios Ltda. (Cosulati), o programa Colha Mais Milho tem dois anos e um histórico de elevação de produtividade nas 200 propriedades que serviram de modelo. Nelas, a média de rendimento subiu de 40 para 80 sacas, com picos de até 140 sacas de 60 kg por hectare. A meta é "apadrinhar" de 1,2 mil a 1,5 mil produtores, além de dobrar a produtividade nas 12 mil propriedades que cultivam o cereal. "Muitos mantêm a lavoura para produção de silagem para alimentar as criações de gado de corte e leite, suínos e aves", explica o extensionista rural da Emater Donaldo Jones Hepp. É nesse tipo de perfil que a qualidade e a quantidade da produção caem bastante.

Até o momento, foram 700 produtores impactados pelos dias de campo realizados no ano passado e, em 2011. Nei Roberto de Ávila Veiga, de Rincão dos Marques, foi um deles. No primeiro ano no programa Colha Mais Milho conseguiu elevar sua produção de 40 para 110 sacos por hectare. Na safra 2010/11, segundo ano do programa, ampliou para 140 sacos por hectare. Hoje, o total ocupado pela cultura fica em torno de 3,5 hectares.

Da terceira geração de uma família de plantadores de milho, Veiga conta que, antes de receber as orientações dos técnicos da Emater e da Cosulati, costumava plantar como o pai e o avô. Descobriu que fazia tudo errado. Orientações como aplicação de ureia fizeram diferença na lavoura. "Antes, fazíamos uma aplicação de nitrogênio quando o milho estava pendoando. Hoje, faço uma quando o pé de milho está com três folhas e uma segunda, com seis a oito, o que faz uma diferença enorme no desenvolvimento da planta."

Quanto à qualidade do grão, ele constatou que o ataque de pragas, como a broca-do-cartucho, pode ser combatida ainda quando a larva está na folha, a partir da aplicação correta de produtos, que matam por contato ou ingestão. Como a produção total de Veiga ainda é baixa, 180 sacos serão comercializados como grão e o restante será utilizado para a alimentação dos animais. Neste ano, a produção ainda não será destinada à Cosulati, que demanda volume mais alto para a fábrica de rações. Veiga explica que para não arcar com o frete teria que fechar uma carga de 250 sacos, que é a capacidade do caminhão fornecido pela cooperativa para buscar o produto na propriedade.

Colaborou Luciara Schneid
Link de origem: www.correiodopovo.com.br  
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