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Foto: Marcelo Oliveira / Agencia RBS |
Porto Alegre - O
parcelamento e atraso de salários, o corte de diárias e de combustível
e o congelamento das nomeações e promoções na área da segurança pública
estão gestando uma bomba de efeitos ainda incalculáveis e que irá
estourar no colo do governo José Ivo Sartori e, por tabela, no da
sociedade gaúcha. Servidores da Polícia Civil (PC), Brigada Militar
(BM), Instituto-Geral de Perícias (IGP) e Superintendência dos Serviços
Penitenciários (Susepe) avaliam nesta segunda-feira, em reunião na
capital, uma possível marcha conjunta ao Palácio Piratini e a
Assembleia Legislativa e até mesmo uma paralisação conjunta das
atividades, em protesto contra o que consideram o ‘sucateamento da
segurança’.
A reunião é mais um capítulo das tratativas
iniciadas pelas entidades, que nem sempre se afinaram, desde que o
atual governo soou os primeiros alertas de cortes. “Temos conversado
muito, fizemos um mandado de segurança em conjunto e estamos muito
preocupados, pois a insegurança que o cidadão hoje sente em função
desse corte nos gastos é a mesma que vivemos”, diz o presidente da
União Gaúcha dos Escrivães, Inspetores e Investigadores da Polícia
Civil (Ugeirm-Sindicato), Isaac Ortiz, ao frisar que o movimento de
unificação lembra os deflagrados em 1997, durante os governos de
Antônio Brito e Germano Rigotto, ambos do PMDB.
“A corda é a
mesma, mas o banco tá ficando pequeno para todos”, diz,
metaforicamente, o presidente da Associação dos Cabos e Soldados da BM
(Abamf), Leonel Lucas. Assegura que o encontro da próxima semana
traçará o rumo das categorias que, segundo ele, estão totalmente
mobilizadas e não aceitarão a revisão dos subsídios salariais,
possibilidade que também é aventada nos corredores do governo como
forma de diminuir o rombo das contas públicas.

jornalnh
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