Quanto mais cedo forem adotados,
mais benefícios os hábitos e as opções de vida saudáveis são capazes de trazer.
Por isso, promover saúde e prevenção entre crianças e jovens é uma oportunidade
de agir hoje para mudar o cenário epidemiológico de amanhã. E o papel da escola
ganha cada vez mais importância.
Na estratégia
Saúde para Todos no Século XXI, a Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que
a promoção da saúde e os estilos de vida saudáveis devem ter abordagem
privilegiada no ambiente escolar. A entidade define como Escola Promotora da
Saúde aquela que inclui a educação a saúde no currículo. Nos temas mais variados
– prevenção de AIDS, câncer e meio ambiente -, uma série de iniciativas está
levando o conhecimento sobre saúde para dentro da sala de aula em todo o
país.
Inserir temas
de saúde e prevenção na rotina das aulas é o principal desafio do Programa Saúde
na Escola, desenvolvido pelos Ministérios da Educação (MEC) e da Saúde desde
2007. O programa está presente em 16.470 escolas, num total de 1,5 milhão de
estudantes atendidos. Inicialmente, foram priorizados os municípios com menor
Índice de Desenvolvimento de Educação Básica. Até 2008, 609 municípios haviam
aderido á iniciativa. Em 2009, esse número mais que dobrou, com a adesão de
novos 687 municípios. Atualmente, o programa está espalhado em um em cada cinco
municípios do país.
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No Brasil, 97,5% das crianças entre 6 e 14 anos estão na escola |
O MEC aponta
que o programa tem como foco promover a saúde e a cultura da paz, fortalecendo a
relação entre as redes públicas de saúde e de educação. “O Programa Saúde na
Escola articula as ações do Sistema Único de Saúde com as ações das redes de
educação básica pública, de forma a ampliar o alcance e o impacto de suas ações
relativas aos estudantes e suas famílias”, pontua Karen Oliveira – Consultora da
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do
MEC.
Na execução do programa, a primeira
fase é focada nas condições de saúde dos alunos – avaliações clínica,
psicossocial, oftalmológica, auditiva, nutricional e da saúde da boca, além da
atualização do calendário de vacinas e medição de pressão arterial. As etapas
seguintes incluem educação para a prevenção em saúde, sem abrir mão da avaliação
contínua da saúde dos estudantes. Cada vez mais, o Programa de Saúde da Família
tem atuado em sinergia com o Programa Saúde na Escola.
Em cada local
onde o programa é implantado, é imprescindível considerar as especificidades
locais e regionais, os aspectos da saúde relativos a gênero, orientação sexual,
raça, cor, etnia e condição social, entre outros aspectos.
Os
gestores municipais interessados em levar o Programa Saúde na
Escola para seu município devem ficar atentos ao próximo calendário de adesão,
que será publicado no Diário Oficial da União e na página do Programa Saúde na
Escola na internet (www.mec.gov.br/secad).
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